A “Matriz: seu Carro e seu Bolso” e porque ela é essencial para você definir qual carro comprar

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(crédito das imagens: shutterstock.com)

Carro e Dinheiro. Aí está um dilema que muitos brasileiros enfrentam dia após dia.

Em nossa sociedade consumista, ter uma renda inferior a R$ 2.000 mensais e um carro com valor acima de R$ 50.000 não é tão incomum como parece.

Para viabilizar as nossas possibilidades de investimento, é fundamental que nossas finanças pessoais estejam em ordem.

Para tanto, as decisões que envolvem gastos significativos merecem atenção redobrada e não há dúvidas de que os carros representam um dos maiores gastos nas nossas vidas, ainda mais no Brasil.

Como você provavelmente já sabe, temos os carros mais caros do mundo, tanto para comprar como para manter, o que se reflete em imensos impactos financeiros no nosso orçamento.

Agora o que poucas pessoas percebem é que a escolha de qual carro comprar pode ser decisiva para suas vidas financeiras e, claro, para a satisfação com o veículo.

Aliás, como sabemos, os consumidores brasileiros, geralmente, não são criteriosos nas suas escolhas. Por conta disso, vemos tantos arrependimentos.

Nesse cenário, fica a pergunta: como escolher o carro com melhor custo-benefício?

Para as pessoas que dão valor ao seu dinheiro, é aconselhável caminhar em direção à situação “Carro Certo no Bolso Certo”.

Mas, para entender essa expressão e saber qual caminho seguir, é importante conhecer a “Matriz Seu Carro e Seu Bolso”, que explica a relação entre carro e dinheiro.

 

A “Matriz: seu Carro e seu Bolso”

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Na hora da escolha de um carro, é fundamental levar em conta fatores relacionados a qualidade, segurança e economia. No mesmo sentido, é essencial uma análise criteriosa das reais necessidades pessoais e familiares.

Afinal, não é interessante ter um ótimo carro tecnicamente, mas além das possiblidades financeiras. Do mesmo modo, não vale a pena economizar excessivamente comprando automóveis com projetos ruins e sem segurança.

Para ilustrar melhor essas possibilidades, é interessante conhecer a seguinte matriz:

A “Matriz Seu Carro e Seu Bolso”:

  • Hipótese 1. Carro certo no Bolso certo
  • Hipótese 2. Carro certo no Bolso errado
  • Hipótese 3. Carro errado no Bolso certo
  • Hipótese 4. Carro errado no Bolso errado

A seguir, confira a descrição de cada uma dessas hipóteses:

Hipótese 1. Carro certo no Bolso certo

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Nesse caso, temos o melhor cenário possível. O consumidor possui um carro tecnicamente adequado considerando as suas necessidades, a qualidade e a segurança do veículo.

Além disso, o automóvel é compatível com seu perfil e possibilidades financeiras. É algo relativamente raro no Brasil.

Para atingir essa situação na escolha de um carro, é aconselhável priorizar a análise dos aspectos efetivamente necessários e, em seguida, considerar os pontos importantes no veículo.

Recomenda-se evitar pagar caro por tipos de carros e acessórios desnecessários ou inadequados às condições de uso.

Para avaliar a qualidade de um carro, é essencial atentar para detalhes relativos ao seu projeto, o que é bastante importante (e normalmente esquecido) em países emergentes como o Brasil.

Por exemplo, recomenda-se verificar a idade do projeto para evitar a compra de carros extremamente defasados. Também deve-se checar as características técnicas e o histórico da fabricante, inclusive no que se refere ao pós-venda.

Além disso, o fator segurança merece grande atenção, porque os valores “vida” e “saúde” estão acima de todos.

Quando se pensa na segurança de um carro, é preciso entender o que o veículo pode oferecer para evitar colisões (itens de segurança ativa), bem como ter uma ideia teórica sobre os dispositivos do carro que têm a função de minimizar os efeitos em caso de acidentes (itens de segurança passiva).

Os resultados em testes de colisão também são absolutamente essenciais.

Apenas depois de verificados esses aspectos, é interessante avaliar o lado financeiro com a atenção devida. Para tanto, é preciso levar em conta toda a “Estrutura de Preços dos Carros no Brasil”.

Basicamente, a Estrutura fundamenta-se na ideia de que os impactos financeiros começam na hora da compra (incluindo o preço de aquisição e despesas no Detran), passam pelo período de propriedade (abrangendo IPVA, licenciamento, DPVAT, seguro, consumo de combustível, manutenção e outras despesas incidentais, como lavagem, multas, taxa de inspeção veicular, pedágio e estacionamento) e terminam na hora da venda, com a desvalorização efetiva, que sempre é elevada.

Adicionalmente, numa análise mais profunda, deve ser incluído o “custo de oportunidade” e os custos decorrentes de financiamento, quando aplicáveis.

 

Hipótese 2. Carro certo no Bolso errado

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Nesse caso, observa-se que o proprietário possui um carro tecnicamente adequado, em conformidade com suas prioridades.

No entanto, o veículo está além de suas capacidades financeiras, principalmente considerando a totalidade da Estrutura de Preços dos carros.

Nessas hipóteses, é preciso avaliar até que ponto é possível ter condições de manter o carro sem comprometer demasiadamente as finanças.

Para tanto, um controle orçamentário é essencial para verificar se a situação pode ser superada sem a troca do veículo, o que pode ser inevitável de acordo com os dados apurados.

 

Hipótese 3. Carro errado no Bolso certo

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Esta é a situação mais inusitada e envolve, basicamente, os casos de pessoas que têm condições para comprar um carro com a qualidade e segurança que seriam minimamente necessárias, mas optam por veículos inferiores com o único propósito de economizarem.

Para ilustrar o impacto dessa decisão, é preciso deixar claro que, ao contrário do que ocorre nos países desenvolvidos, no Brasil não é interessante praticar um excesso de economia na hora de comprar um carro.

Não se trata de condenar o frugalismo. Mas essa crítica é pertinente porque temos uma série de veículos com baixos índices de qualidade e segurança (quando comparados com similares vendidos no Primeiro Mundo), motivo pelo qual pode ocorrer uma exposição do comprador a riscos e desconfortos desnecessários.

Dessa forma, não pode ser considerada admirável a escolha de um carro popular ou de um veículo muito defasado quando o consumidor tem amplas possibilidades financeiras de adquirir carros melhores e, principalmente, mais seguros.

Por isso, fica a seguinte questão para reflexão:

O que vale mais, a vida e a saúde ou os outros bens e o dinheiro? O que é prioritário?”

 

Hipótese 4. Carro errado no Bolso errado

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Evidentemente, esse é o pior cenário possível. Inicialmente, a compra do carro é inadequada do ponto de vista técnico, considerando as características e incompatibilidades do veículo.

Mas o agravante é que essa aquisição traz impactos financeiros que extrapolam a capacidade econômica da pessoa ou da família.

Nesses casos, são necessárias medidas severas para corrigir a situação rapidamente, visando a evitar o agravamento dos danos existentes e potenciais.

 

Carro e Dinheiro: Conclusão

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Como sabemos, os nossos hábitos de consumo são determinantes para o nosso sucesso pessoal e financeiro.

No Brasil, além de termos carros caríssimos, grande parte das compras se baseiam apenas em análises superficiais ou fatores emocionais, o que é bastante arriscado para quem se preocupa com a construção do seu patrimônio.

Com o objetivo de orientar as pessoas que buscam compras conscientes, e querem caminhar para a situação “Carro Certo no Bolso Certo”, recentemente publiquei o livro digital Como escolher o Seu Carro Ideal(link afiliado).

Considerando a experiência que tenho acumulado como consultor automotivo pessoal, o foco do livro é ajudar você a definir o melhor veículo para o seu perfil e o seu bolso.

O livro traz o “Método seu carro C.E.R.T.O.”, composto por 5 módulos. Basicamente, eles contemplam a análise

  1. das necessidades pessoais e familiares;
  2. da qualidade do carro;
  3. do fator segurança;
  4. das finanças; e
  5. das formas de conciliar os aspectos emocionais no momento da compra.

Além disso, há um capítulo dedicado à eterna dúvida se vale a pena a compra de um carro novo ou usado / seminovo, bem como são apresentados os 10 erros mais comuns que acabam trazendo arrependimentos e surpresas caras e desagradáveis.

Por isso, convido você a conhecer mais detalhes sobre o livro digital “Como escolher o seu Carro Ideal” e seus bônus, acessando esse site oficial.

Finalmente, sempre é importante lembrar que as boas escolhas dos consumidores também são essenciais para a evolução do nosso mercado, a fim de que tenhamos opções melhores e com preços mais justos.

Por isso, creio que, dentro das possibilidades existentes, podemos fazer a nossa parte. E, como já disse o famoso escritor Albert Camus, “a vida é a soma de todas as suas escolhas”.

Obrigado pela atenção e grande abraço,

Artigo escrito por: Leandro Mattera

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Fundador e Consultor Automotivo na Carro e Dinheiro – Consultoria Automotiva Pessoal. Autor do livro digital “Como Escolher o seu Carro Ideal“. Acompanha os setores automotivo e financeiro há muitos anos e já foi entrevistado em vários veículos na mídia.

Sobre o autor

Henrique é especialista em alocação de ativos, eleito um dos 5 melhores educadores financeiros do Brasil em 2012/2013. Continue Lendo aqui!

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