Bem-vindo a atualização de novembro da série carteira de investimentos!
A atualização do mês de outubro mostrou um forte avanço das carteiras de investimentos dado a alta de 11,49% do Ibovespa.
Neste mês de novembro o cenário novamente se inverteu e tivemos novas baixas..
O Ibovespa apresentou baixa de -2,51%.
Entretanto, a média das carteiras de investimentos não acompanhou o mau humor do mercado, com alta de 0,31%.
Como de costume, analisaremos os seguintes tópicos ao longo do artigo:
- A alocação de classes das 15 carteiras de investimentos
- As 10 maiores alocações de cada carteira
- Rentabilidade de todos os ativos no mês atual
- Rentabilidade [e Risco] de cada carteira de investimentos.
- Carteira Destaque do Mês
Prontos para a leitura? Vamos lá!
Carteira de Investimentos: Relembrando as Carteiras
Sabemos que o sucesso de uma estratégia de investimentos tem grande relação com a alocação de ativos de uma carteira.
Logo, vamos relembrar como cada carteira foi montada no início do mês de julho:
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A média destas 15 carteiras apresenta a seguinte alocação:
1. [1,14%] Conta-Corrente (CC)
2. [42,86%] Renda-Fixa (RF)
3. [14,43%] Fundos Imobiliários (FII)
4. [6,57%] Câmbio
5. [35,00%] Ações (Bolsa)
Uma ótima alocação de ativos na minha humilde opinião.
Carteira de Investimentos: 10 Maiores Alocações das Carteiras
Além de visualizarmos a alocação em cada classe de investimentos podemos ver quais são os 1o ativos com maior participação em cada carteira:
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Este tipo de análise nos ajudam a identificar carteiras com alta concentração, estando pouco diversificadas.
Além disso, é interessante notar que o ativo preferido das 15 carteiras é a LFT com vencimento em 2015.
Ela aparece na média com uma alocação de 18,53%.
No relação large caps (BOVA11 e PIBB11) x small caps (SMAL11), temos que a alocação em large caps (~26%) é 2x maior do que small caps (~13%).
Carteira de Investimentos: Rentabilidade dos Ativos no Mês
Analisando cada classe de investimento:
- Renda-Fixa
A queda das taxas de juros futuras continua favorecendo os títulos públicos pré-fixados e indexados à inflação.
Novamente, os títulos mais favorecidos foram aqueles com maior duração. Ou seja, com vencimento mais longo.
Saber calcular o retorno líquido dos títulos públicos pode lhe ajudar na tarefa de descobrir qual títulos está mais atrativo no momento.
Quem garantiu LTNs com taxas acima de 13% e NTN-Bs com taxas acima de 6,75% tomou um ótimo passo para seu futuro financeiro.
Entretanto, se você ainda investe 100% em ações e não aproveita oportunidades como esta leia este artigo sobre como é importante diversificar além de uma única classe.
- Fundos Imobiliários
O mês de novembro não foi muito bom para os fundos imobiliários.
Apesar da queda recente da Selic, a atratividade dos fundos imobiliários ainda não se concretizou na visão dos investidores.
A dispersão do retorno dos fundos imobiliários é excelente exemplo para lembrar a todos investidores que a diversificação nos fundos imobiliários não é uma opção, é uma obrigação.
Infelizmente ainda não há um ETF (Exchanged Traded Fund) para os fundos imobiliários.
Portanto, como regra de bolso, é recomendável escolher pelo menos 5 fundos.
Lembre-se do benefício entre diversificar dentro de uma própria classe, conforme ressaltei no artigo sobre estratégias de investimentos.
- Câmbio
A volatilidade nos ativos cambiais está alta, alternando-se entre altas subidas e descidas.
Em setembro apresentaram uma forte alta.
Em outubro devolveram boa parte desta alta, com perdas em torno de -5%.
Neste mês, voltaram a apresentar resultados positivos, com fortes altas.
Destaque para o Ouro e Dólar que obtiveram rentabilidade de 8,77% e 7,25% respectivamente.
- Bolsa
Depois de subir 11,49% em outubro, o Ibovespa voltou a apresentar perdas.
Sua rentabilidade em novembro foi de -2,51%.
Para alguns investidores um balde de água fria para acalmar os ânimos que estavam afoitos com a rentabilidade de 11,49% do mês passado.
O destaque negativo para o mês é do ETF SMAL11, que segue o índice de small caps, com rentabilidade de -4,04%.
Nos últimos 3 meses o Ibovespa vem tirando a vantagem dos Small Caps, estando agora praticamente empatados em rentabilidade nos últimos 12 meses.
fonte: guiainvest
Carteira de Investimentos: Rentabilidade das Carteiras
- Rentabilidade Mensal
A média das carteiras de investimentos apresentou uma rentabilidade de 0,31%.
Apesar do desempenho negativo de -2,15% do Ibovespa no mês, apenas 5 das 15 carteiras obtiveram resultado negativo.
As duas melhores carteiras foram “MK” (1,36%) e “BF” (1,22%). Por sinal, as duas carteiras mais conservadoras de nossa análise.
- Rentabilidade Acumulada
Na tabela acima temos a evolução da rentabilidade acumulada, mês a mês.
Na média, as carteiras apresentam uma rentabilidade acumulada de 0,88%.
Apenas para comparação, o Ibovespa obteve rentabilidade de -8,89% e o CDI de 4,81%.
- Ranking Rentabilidade Acumulada
Na tabela acima temos o ranking da evolução da rentabilidade acumulada, mês a mês.
A carteira “MK” continua firme e forte na liderança com retorno de 5,21%, seguida pela carteira “BF” (4,65%).
Será que teremos alguma surpresa neste ranking no mês de Dezembro?
Relação Retorno x Risco
Compilando os retornos diários dos 27 ativos para as 15 carteiras de investimentos foi possível saber o retorno e risco anual de cada carteira.
Os dados não são estatisticamente significantes, já que temos apenas 5 meses de dados diários.
Porém, já dão uma visão da importância da diversificação.
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A principal conclusão que podemos tirar do gráfico acima é a seguinte:
A maioria das carteiras obtém uma relação retorno x risco melhor do que a carteira simulada 50% CDI | 50% Ibovespa.
Este número pode não parecer tão importante, mas ele é extremamente importante.
Veja o porquê:
1. Diversificar entre várias classes de investimentos (RF, FII, Câmbio e Ações) ajuda a melhorar a relação retorno x risco.
2. É preciso diversificar dentro da própria classe de investimetnos.
Exemplo em Renda-Fixa: Investir em títulos indexados a Selic, pré-fixados, indexados à inflação. Variar na duração dos títulos…
Note ainda que as carteira “MK” e “BF” estão com um retorno acima do próprio CDI nestes 5 meses.
Mesmo com o Ibovespa caindo quase -9% neste período.
Ter conhecimento sobre a relação retorno x risco dos ativos e de como funciona uma estratégia de alocação de ativos é um grande benefício para garantir a você melhores resultados e maior segurança financeira.
Carteira de Investimentos: Destaque do Mês
A carteira destaque do mês é uma forma de mostrar na prática o benefício da alocação de ativos.
Afinal, esta série que engloba 15 diferentes carteiras de investimentos tem exatamente este objetivo:
Mostrar a todos a importância da alocação de ativos e diversificação de carteiras na prática e com dados reais.
Pronto para conhecer o destaque do mês?
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A carteira “MK” teve uma rentabilidade surpreendente de 1,36% em outubro.
Sua escolha foi baseada nos próprios números de retorno x risco.
Ela é a carteira que apresenta o maior retorno e o menor risco!
Neste mês a queda de -2,51% do Ibovespa teve um pequeno impacto na carteira total, de -0,17%.
Este número é obtido através da multiplicação dos 8% alocados em ações (5% em PIBB11 e 3% em SMAL11) pelo retorno de -2,18% das ações.
O retorno do câmbio por si só já era suficiente para neutralizar esta queda de -0,17% do total da carteira.
Com 5% alocados em câmbio (5% em Ouro) tiveram uma rentabilidade de 8,77%, garantindo um retorno de 0,44% (5% * 8,77%) do total da carteira.
Apresento estes números para reforçar o conceito de diversificação.
Conclusão
O ano de 2011 caminha para mais um ano de baixos resultados para o Ibovespa.
Nos últimos 5 anos a rentabilidade anual do índice é de 5,20%.
Uma rentabilidade anual inferior a poupança, de 7,37%.
Volto a repetir:
Diversificação tornou-se uma obrigação e não mais uma opção…
Acompanhe esta série sobre carteira de investimentos e observe na prática como a ampla diversificação produz resultados mais sustentáveis no longo prazo.
(crédito das imagens: shutterstock.com)